quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

O principal fruto do ciclo da borracha!!


O Teatro Amazonas surgiu, no papel, em 1881, quando foi assinada a lei número 546, de 14 de junho daquele ano, ordenando sua construção. No final de 1884, foram iniciadas as obras de alicerce do teatro. Por conta de desentendimentos em relação aos contratos de construção, a obra ficou paralisada e somente em 31 de dezembro de 1896, o Teatro Amazonas foi inaugurado. Uma semana depois, a grande companhia italiana dirigida pelo Maestro Joaquim Franco inaugurava, com “Gioconda“, de Ponchieli, a primeira estação lírica do recém “nascido” Teatro Amazonas.
Quase todos os materiais utilizados em sua construção vieram da Europa o ferro foi trazido da Inglaterra; o bronze, da Bélgica; o cristal, de Murano. O único material brasileiro utilizado foi a madeira de lei que era enviada para a Europa e voltava já trabalhada para o Brasil na forma de móveis e piso. O calçamento que cobre as áreas externas do teatro, inclusive escadas, é conhecido como pedra de Liós de Lisboa e foi importado de Portugal. Com a abundância da borracha na época, todo o calçamento externo que dá acesso ao teatro foi revestido com espessas mantas de borracha para evitar o incômodo barulho das carruagens que chegavam com autoridades e convidados. A cobertura foi feita com telhas fabricadas sob encomenda, originárias da Alsácia. São mais de 60.000 peças vitrificadas, com as cores da Bandeira Nacional. Seu brilho colorido pode ser visto de vários pontos da cidade.
De 1897 a 1912, companhias importantes subiram ao palco do Teatro Amazonas, como as de Rafael Tomba, Giovanni Emanuel-grande trágico italiano, notável intérprete das criações mais soberbas de Skakespeare-, Thomaz del Negro, Calil & Arrea, além de muitos outros artistas da época. A partir de 1913, com a crise que avassalou o Amazonas por vinte anos, o Teatro Amazonas raras vezes abriu suas portas. Eventualmente lá aconteciam festas cívicas, conferências literárias ou políticas, raros espetáculos de amadores e entrega de diplomas escolares. De todo o glamour das grandes companhias que se apresentaram por dezesseis anos, só restou a saudade.

7 comentários:

Anônimo disse...

vc adora o teatro mesmo!!
vamo la um dia desse!!
beijo

Anônimo disse...
Este comentário foi removido por um administrador do blog.
Anônimo disse...

o teatro é lindo mesmo!!
beijim

Rodrigo Andolfato disse...

O Ciclo da Borracha foi com certeza mais uma chance de realmente crescer que o país perdeu devido a sua incapacidade de pensar a longo prazo. O Teatro de Manaus foi uma das poucas coisas boas que ficaram dessa época!

Abraços


http://livroquequeroescrever.wordpress.com/

Renato Ziggy disse...

Bacana saber sobre a história de um patrimônio cultural amazonense. Beijo!

Antônio disse...

teatro... um gosto que ainda preciso conquistar... mas a arte em sii me impressiona muito (Y) otimo blog... s epude passa lah no meu tbm:

www.tonblogando.blogspot.com

Dancer disse...

é mara xD
demorei
mais comentei viu :P
to lendo os outros posts tmb